Angra dos Reis, RJ
Estrada Beira Rio, 80 - Bracuy
Follow us
Location: av. Washington 165, NY CA 54003

Os animais

Santuário

Toda vida importa

Hoje, o Santuário abriga diferentes espécies de primatas — como macacos-prego r saguis — além de araras, papagaios, tucanos e diversas outras aves silvestres vítimas do comércio ilegal. Cada um desses animais carrega uma história de luta, mas também de esperança graças ao trabalho incansável da equipe que se dedica à sua proteção.

Espécies que vivem conosco atualmente

Macaco-prego (Sapajus apella)

O macaco-prego é um primata de porte médio, medindo cerca de meio metro de comprimento, sem incluir a cauda longa e preênsil. Possui grande variabilidade de coloração e apresenta crânio e dentição robustos, que lhe permitem consumir frutos e sementes duras. Reconhecido por sua inteligência, é alvo frequente do tráfico de animais silvestres e da humanização forçada, sendo mantido ilegalmente como animal de estimação. Essa prática causa profundos danos físicos e psicológicos, já que a privação do convívio com outros indivíduos e a domesticação impedem o desenvolvimento pleno de seus comportamentos naturais.

Bugio-preto (Alouatta caraya)

Entre os maiores primatas brasileiros, o bugio-preto se destaca por sua poderosa voz. Os sons graves e longos emitidos pelos grupos podem ser ouvidos a quilômetros de distância, funcionando como forma de defesa territorial. De hábitos seletivos, alimenta-se predominantemente de folhas, flores e frutos, passando grande parte do dia em repouso para digestão. Sua captura e retirada do habitat representam não apenas risco individual, mas também o desmantelamento da estrutura social dos bandos.

Arara-canindé (Ara ararauna)

Espécie emblemática da fauna brasileira, a arara-canindé possui coloração azul e amarela vibrante. Embora não seja considerada atualmente ameaçada de extinção devido à sua ampla distribuição nas Américas do Sul e Central, suas populações sofrem forte declínio por causa do desmatamento e do comércio ilegal. É uma espécie de alta longevidade e fidelidade conjugal, vivendo em pares ao longo da vida.

Arara-vermelha (Ara chloropterus)

Com até 90 cm de comprimento e peso de 1,5 kg, a arara-vermelha é uma das maiores representantes de sua família. Nidifica em ocos de árvores e em fendas rochosas, com destaque para a colaboração do macho na alimentação da fêmea e dos filhotes. Assim como a arara-canindé, vive em casais monogâmicos duradouros. Apesar de carismática, é alvo constante do tráfico de fauna, o que ameaça sua permanência em áreas naturais.

Tucano-toco (Ramphastos toco)

Maior representante de sua família, o tucano-toco é amplamente reconhecido pelo grande bico alaranjado que pode medir até 22 cm, leve graças a uma estrutura óssea esponjosa. Alimenta-se de frutos, pequenos vertebrados, ovos e filhotes de outras aves. Presente em diversas regiões do Brasil, sofre riscos em função da degradação do habitat e da caça.

Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva)

Nativo do Brasil, é um dos psitacídeos mais conhecidos e também mais explorados pelo tráfico e pela criação em cativeiro doméstico. Extremamente inteligente e comunicativo, pode viver mais de 70 anos. A retirada massiva de indivíduos da natureza compromete não apenas a espécie, mas também o equilíbrio ecológico das áreas onde ocorre.

Coruja-buraqueira (Athene cunicularia)

Pequena, medindo até 27 cm, vive em áreas abertas e tem o hábito de cavar o próprio abrigo no solo, onde também nidifica. Pode ser encontrada em várias regiões do Brasil, exceto na Amazônia. É vítima frequente de atropelamentos em estradas rurais e de perseguição humana. No ambiente natural, sua expectativa de vida chega a nove anos, podendo ultrapassar dez em instituições de acolhimento.

Coruja-orelhuda (Asio clamator)

Com cerca de 37 cm de comprimento, a coruja-orelhuda se distingue pelos penachos longos que lembram “orelhas” e por seu rosto em formato de coração. Noturna e silenciosa, é cada vez mais vista em ambientes modificados pelo homem, como margens de rodovias e áreas urbanizadas, o que a expõe ao risco da caça e do comércio ilegal.

Coruja-das-torres (Tyto alba)

De olhos escuros e rosto em formato de coração, a coruja-das-torres é uma espécie de ampla distribuição mundial. Prefere regiões abertas com temperaturas amenas e raramente migra, permanecendo por longos períodos em um mesmo território. É conhecida por seus hábitos de banho em poças e córregos.

Periquitão-maracanã (Psittacara leucophthalmus)

Ave gregária, forma grandes bandos que podem reunir mais de 40 indivíduos. Dorme coletivamente em abrigos variados, comportando-se sempre de forma ruidosa e ativa. Encontrada em quase todo o Brasil, inclusive em áreas urbanas, necessita de vasto espaço para seu voo em grupo.

Periquito-rico (Brotogeris tirica)

De plumagem verde, é uma espécie típica do Brasil, presente em florestas, parques e jardins. Alimenta-se de frutos e sementes, apresentando grande capacidade de imitação vocal. Sociável e ágil, pode adotar comportamento defensivo curioso, pendurando-se de ponta-cabeça em galhos diante de ameaças. É fortemente impactado pelo tráfico para criação doméstica.

Caturrita (Myiopsitta monachus)

Conhecida popularmente como maritaca, mede entre 28 a 30 cm de comprimento e apresenta penas azuladas nas asas e cauda. Ao contrário da maioria dos psitacídeos, constrói ninhos coletivos, formando verdadeiras “cidades” arbóreas. Sua sociabilidade incomum a torna alvo constante de captura para o comércio ilegal.

Tiriba-de-testa-vermelha (Pyrrhura frontalis)

Pequeno psitacídeo encontrado do sul da Bahia até o Rio Grande do Sul. Alimenta-se de sementes e frutos, frequentemente acomodando-se de cabeça para baixo durante a refeição. Vive em grupos e depende das florestas para manter seus hábitos sociais e alimentares.

Guaxinim-pigmeu (Procyon pygmaeus)

Espécie exótica originária da Ilha de Cozumel, no México, é um pequeno mamífero onívoro, que se refugia em ocos de árvores, pedras ou subterrâneos durante o dia. Sua dieta inclui frutas, ovos, nozes e cereais. É raro em vida livre e considerado vulnerável em sua área de ocorrência.